PAINEL POLÍTICO – Jirau explodem em violência e União manda Força Nacional e Forças Armadas

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 Explodiu

Na última coluna falamos sobre o barril de pólvora que são os canteiros de obras das usinas de Jirau e Santo Antônio, que parecia estar “sob controle” após a revolta iniciada na última terça-feira. Na manhã desta quinta, os vândalos retomaram os ataques e destruíram o que restava do canteiro. Atearam fogo, depredaram veículos e máquinas, espancaram companheiros de trabalho e tocaram o terror. Informações sobre mortos e feridos não foram confirmadas. Ainda.

Problema

Os prejuízos causados pelos revoltosos são pagos com nosso dinheiro. A obra não vai parar. Os consórcios trabalham com dinheiro do BNDES e a conclusão dessas obras é uma questão de segurança nacional. Revoltas como essa atrasam o cronograma e causam insegurança, mas os gerentões moram fora, visitam isso aqui uma vez por mês e olhe lá. O pior de tudo é que além de usarem dinheiro público, querem que a desfalcada Polícia Militar de Rondônia garanta a segurança do local. Aí é igual à história do camarada que pede um pingo de colírio.

Complicado

O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Valter Araújo declarou nesta quinta-feira ser contra o uso da Polícia Militar para fazer a segurança dos canteiros de obras. E o deputado tem razão. Por se tratar de uma questão de segurança nacional e interesse do governo federal, a Força Nacional e empresas privadas é quem deveriam ser responsáveis pela segurança dos canteiros.

Insegurança

Rondônia, e principalmente Porto Velho, atravessa uma onda crescente de insegurança. Casos de violência, roubos, assaltos, estupros, homicídios e latrocínios cresceram absurdamente nos últimos meses e a polícia militar, que é a linha de frente dessa batalha já está com seus quadros defasados. Em alguns municípios falta policiamento e nesta quinta-feira foram deslocados mais de 300 policiais para conter os revoltosos no canteiro de obras. Um verdadeiro disparate.

Não cumprem

Além do mais, de acordo com o presidente da Assembleia, os consórcios cumpriram com cerca de 30% do que havia sido acordado com Porto Velho no que diz respeito às compensações sociais e ambientais. Sequer a utilização de mão de obra local eles cumpriram, já que mais de 70% dos barrageiros são de outros estados.

Descoberto

Vários municípios ficaram “descobertos” da proteção policial causada pelos vândalos de Jirau. O que se viu nesses dois dias de “revolta” foi uma sucessão de barbáries, causadas por pessoas que não tem o menor compromisso com o local que os acolheu. Bem ou mal, eles estão empregados e se não estão satisfeitos, que peçam demissão e procurem coisa melhor. Violência e baderna nunca foi solução para questões trabalhistas. Pior é que agora, desempregados, ficarão perambulando pelas ruas da cidade.

Pedido

Na manhã desta quinta-feira, o superintendente do consórcio Energia Sustentável do Brasil, José Lúcio de Arruda, pediu apoio ao governador Confúcio Moura no sentido de providenciar alojamento para 12 mil operários, vez que no tumulto foram incendiadas as acomodações dos trabalhadores. O governo que já mantém um grupo de quase 100 haitianos no ginásio de Esportes Cláudio Coutinho, está analisando o pedido.

Estrutura

O estado, segundo o governo, não possui nenhuma estrutura suficiente para acomodar um contingente tão grande de pessoas. A alternativa seria a acomodação em escolas, porém neste caso, as aulas teriam que ser temporariamente suspensas. Uma solução está sendo buscada em conjunto com o consórcio construtor e com o governo federal.

Saldo negativo

Os resultados do levante foram 45 ônibus, 15 carros administrativos, 30 instalações diversas e 15 alojamentos incendiados, além de outros 20 alojamentos depredados e aproximadamente 65 instalações totalmente danificadas. Também foram atacados posto bancário eletrônico, lanchonetes, gabinetes odontológicos e instalações destinadas ao lazer, como salas de cinemas e academias de ginástica.

Reforço

O governo federal  vai enviar  500 homens da Força Nacional que serão trazidos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e são aguardados para a tarde ou noite desta quinta-feira ainda. Ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, o governador solicitou a atuação das Forças Aramadas, por meio do Exército, Aeronáutica e da Marinha. Ao Exército, caberá garantir a segurança dos paióis de explosivos, existentes em grandes quantidades no canteiro de obras. À Marinha deverá ficar responsável pela vigilância no rio Madeira. Por fim, a Aeronáutica deverá enviar helicópteros para o monitoramento aéreo. Outros pontos sensíveis a serem resguardados, além do canteiro de obras, são o distrito de Jacy-Paraná, a vila de Nova Mutum e o presídio federal. Presença O governo no estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, mantém no local 160 policiais militares, dos quais 80 do Comando de Operações Especiais (COE), 36 bombeiros militares e oito policiais civis, além de agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Não cai

Wagner Luiz de Souza, conhecido como “Wagner Bocão”, secretário-adjunto de Finanças do Estado deve permanecer exatamente onde está apesar dos fortes rumores de sua saída. O governador estaria satisfeito com alguns resultados obtidos pela Sefin, como o levantamento estratégico com metas a serem cumpridas para este ano, entre elas a de tornar o estado um dos mais eficientes na arrecadação das receitas. Também teria aprovado o projeto que prevê a isenção do ICMS para empresas instaladas em Rondônia que sejam fornecedores do Estado. Essa medida prevê privilegiar os empresários locais que disputam licitações com empresas de fora.

Outra

A Sefin também pretende criar um fundo para revitalização de áreas de fronteira, como é o caso da cidade de Guajará Mirim. Um dos motivos das pressões pela saída de Wagner Luiz de Souza seria a intensificação da fiscalização sobre as grandes empresas, através do cruzamento de informações do SPED FISCAL, das Notas Fiscais Eletrônicas, SITAFE e dos Livros Fiscais Eletrônicos. E seriam exatamente esses empresários que estariam exercendo pressão sobre Confúcio Moura. De qualquer forma, devem acontecer mudanças, mas certamente não na proporção anunciada por alguns sites.

Muda

E chega a informação de Vicente Moura, o “Cambuquira” vai apenas ser trocado de função dentro do governo. Ele deve sair da Coordenadoria Geral de Apoio à Governadoria e ir para uma secretaria especial.

Briga

Alexandre Muller, secretário de Saúde, andou batendo boca com José Batista, secretário-adjunto da Saúde. Os motivos ainda são desconhecidos, mas a briga foi feia. Muller também foi citado como possível nome a ser “degolado”.

Insistente

O governador de Rondônia, Confúcio Moura, insiste para valer em convidar o presidente americano Barack Obama para visitar a capital Porto Velho. Ontem, Confúcio esteve no Itamaraty, em Brasília, solicitando espaço na agenda do atual presidente americano para lhe entregar pessoalmente um novo convite e uma foto, datada de 1912, de Teddy Roosevelt, que governou os EUA de 1901 a 1909, com o Marechal Rondon. Vai que emplaca. Água mole em pedra dura....

Crescente

O movimento na rede de farmácias populares aumentou em 700 mil usuários nos primeiros 30 dias de implantação do programa Saúde Não Tem Preço. Lançado no dia 14 de fevereiro, o programa prevê a distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes. De acordo com balanço apresentado nesta quarta-feira, 16, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o número de pessoas que retiraram remédios nas 15 mil unidades da rede de farmácias populares alcançou 1,92 milhão, 700 mil a mais do que o movimento do mês anterior.